O Negro de hoje em dia
Vem na roda, seu doutor
É o mesmo que sofria
Os maus tratos do feitor
O canto é da senzala
E quem cantou pra não chorar
A luta é gingada
E nasceu pra libertar
A cabaça, o arame e aquele pau
O seu instrumento berimbau
Avisando que é hora de lutar
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Aruanda, aruanda, aruandê
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Olha joga menino
Que eu quero ver
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Olha cante Adilson
Que eu quero ver
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Antes que esfrie
Meu corpo morto
Em algum lugar
Meus ossos se retirem
Façam armas pra lutar
Buscando a liberdade
E o direito de viver
Mesmo que a realidade
Só os filhos venham ter
A farinha, a pimenta e o feijão
Tão poucos afirmam que está bom
Enquanto eles comem caviar
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Aruanda, aruanda, aruandê
CORO:
Ê, ê, ê, camará
Olha joga menino
Que eu quero ver
CORO:
Ê, ê, ê, camará